22 outubro 2014

Resenha: Se Eu Ficar (livro)

Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera… e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.


Fiquei sabendo de Se Eu Ficar através de noticias sobre o filme e confesso que não fiquei muito interessada. Quando se aproximou da semana de estréia as minhas redes sociais ficaram lotadas com frases, imagens, videos e etc, e quando eu vi a frase "Às vezes você faz escolhas na vida e às vezes as escolhas fazem você." eu pensei: OMG eu preciso ler esse livro.

Quando abrimos o livro a história de Mia nos é contada: uma adolescente nerd e na dela, que tem como paixão de vida tocar violoncelo. Ela mora com seus pais, que são jovens, atuais e descolados. Seu pai tinha uma banda e largou tudo para se tornar professor quando a responsabilidade bateu à porta, mas permanece daquele jeito largado. Sua mãe, de jovem rebelde se tornou uma “mãe ursa” – palavras de Mia – e faz de tudo pelos seus filhos, mas nunca deixa de largar palavrões pela casa e de dizer que a vida é uma merda. A relação entre Mia e Teddy, seu irmão mais novo, é de puro amor. Seus pais fazem questão que Mia e seu irmão sejam felizes, busquem seus próprios sonhos e tomem suas próprias decisões.


Mia se sente um pouco deslocada por gostar de música clássica enquanto sua família é punk, por ser 'na dela' enquanto todos são engraçados e festeiros, mas nada disso diminui seu amor e sua vontade de estar entre eles. E é assim que ela passa o tempo: tocando, com sua família e com Adam.
Mia ainda não entende porque Adam está com ela, ele – lindo, engraçado, inteligente e integrante da banda Shooting Star, que está ficando cada vez mais popular em Portland – se interessou por ela, mas a questão é que ele é extremamente e intensamente apaixonado por Mia, e juntos eles são responsáveis pelos momentos mais doces e de românticos do livro.


Já nos capítulos iniciais, temos o acidente. Rápido e confuso, uma hora ela estava no carro com sua família, e na outra, ela estava parada no asfalto gelado da neve, olhando os corpos dos pais – e o dela própria – estirados no chão. Mia acompanha os paramédicos chegarem e fazerem de tudo para reanimá-la, acompanha a viagem até o hospital, a sua própria cirurgia: tudo como uma observadora externa, vendo a si mesma entubada e cheia de fios. Enquanto presenciamos a angustia de não poder falar, não poder ser vista, não saber como está o próprio irmão, Mia vê seus familiares chegarem, vê sua melhor amiga Kim na capela, rezando pela sua volta, vê seus avós desolados e vê Adam.

Além de todos os personagens familiares, temos os personagens secundários que nos fazem criar um espacinho especial em nossos corações, um deles é a enfermeira Ramirez, a única funcionária do hospital que se preocupava com os detalhes de Mia. A enfermeira Ramirez é quem fala algo que muda toda a perspectiva de Mia: “Você acha que cabe aos médicos, aos medicamentos e as máquinas, mas se você fica ou se você vai, a decisão é sua.” É então que Mia tem que tomar a decisão mais difícil da sua vida: ela vai embora para um lugar sem dor, sem recuperação, sem choros e com sua amada família ou ela fica e enfrenta uma vida solitária, ser órfã e meses de recuperação?


Em meio a todos os capítulos temos vários momentos de flashbacks de Mia com sua família, seus amigos ou com Adam.

Na minha perspectiva muitos desses flashbacks são desnecessários, mesmo que eles contem algo que Mia viveu, eles não fazem nem um sentido, são simplesmente algumas páginas para 'encher o livro' e depois ficam lá esquecidos. Esse foi o motivo principal de eu não ter gostado tanto assim do livro. A história que a escritora criou é incrível, a ligação que ela tem com sua família e com a música - e foi essa ligação com a música que uniu Mia e Adam - as reflexões, as importância da nossa vida, família e amigos, mas os flashbacks desnecessários tornaram o livro chato. Digo isso porque em muitos momentos quis abandonar a leitura, mas a minha curiosidade em saber o que ela vai escolher não me permitiu isso. Não, eu não vou contar qual a decisão dela, para isso leiam o livro e depois comentem se vocês concordam, ou não, com a minha resenha.

Beijos, espero que tenham gostado. Até a próxima.

Um comentário:

Isabella disse...

Quero muito ler esse livro , parece lindo !
Visita ? http://isabellaluiza.wordpress.com/

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